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OSTEOPATIA

O que é a OSTEOPATIA? 

A Osteopatia é uma especialidade reconhecida pela OMS (Órgão Mundial da Saúde), que serve, principalmente parar diagnosticar e tratar distúrbios funcionais.  


O foco maior desse tratamento está na origem da dor e não onde está localizada. Dessa forma, quando se utiliza a filosofia osteopática, entende-se que a dor não é a causa principal da lesão, entretanto ela é o produto final, ocasionada por algum desequilíbrio nos sistemas de entrada do nosso organismo.


Utiliza-se de um amplo conhecimento anatômico, fisiológico e do movimento de cada tecido do corpo, para devolver, a partir de técnicas manuais, a mobilidade necessária para que o corpo possa se auto curar e reequilibrar as funções do organismo. 


Foi criada em 1874 pelo médico norte-americano Dr. Andrew Taylor Still. Tanto nos EUA quanto na Europa vem sendo utilizada há mais de 100 anos para promover a qualidade de vida da sua população. Nos EUA, ela é uma especialidade da medicina enquanto em alguns países da Europa é uma profissão independente. 


Desde então vem sendo estudada e aprimorada pelos praticantes da sua filosofia ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde cresce todos os anos a sua procura, devido ao rápido resultado no tratamento.
 

INDICAÇÕES

 

Possui uma ampla indicação, pois pode ser empregada desde os tratamentos pediátricos até a tratamentos para indivíduos com idade mais avançada. Com o conceito da busca pela homeostase, que é o equilíbrio das funções do corpo, atua em vários sistemas, como por exemplo:

  1. Sistema Musculoesquelético; responsável pelo nosso aparelho locomotor (nervos, músculos, articulações e ossos)

  2. Sistema Tônico Postural; responsável pela manutenção dos eixos equilibrados (dependem do bom funcionamento dos captores de entrada, Pés, Olhos e Boca)

  3. Sistema Visceral; responsável pelas nossas funções vitais (digestão, condução de nutrientes e oxigênio para os tecidos)

  4. Sistema Craniano; responsável por armazenar nosso computador central (onde parte a maioria dos comandos para a manutenção do equilíbrio funcional)

BENEFÍCIOS

 

         Melhora da qualidade de vida, na medida em que os sistemas estão integrados e funcionando da maneira correta. Diminuição dos níveis de dor e aumento na mobilidade funcional.

         O tratamento pode apresentar uma abordagem preventiva, de manutenção ou no quadro álgico (normalmente onde é mais procurado).

 

COMO A OSTEOPATIA É FEITA

 

O princípio do tratamento é a unicidade do corpo, onde todos os sistemas estão interligados e interagindo entre si, para que o tratamento tenha o efeito esperado é necessário que eles estejam funcionando de maneira adequada, deixando que o processo da Autocura aconteça.

Para isso, o paciente deverá passar por uma avaliação detalhada, em que todo o histórico dos sintomas será abordado e interpretado. Após isso, o tratamento é realizado por meio de técnicas manuais, onde o osteopata utiliza as mãos para sentir, testar e tratar todos os tecidos do corpo.

 As manipulações são realizadas com o intuito de desencadear reações locais e sistêmicas em músculos, vísceras, nervos, ossos e qualquer outro tecido em disfunção, liberando assim as estruturas que se encontravam restritas. Não há necessidade de procedimentos invasivos ou uso de medicamentos.

A durabilidade do tratamento, incluindo quantidade de sessões e intervalo entre elas, depende da resposta sintomática de cada paciente, pois esta indicação acaba sendo particular para cada caso com o intuito de esperar a resposta do corpo de acordo com cada situação.

SISTEMA VISCERAL

 

“O funcionamento do ser humano é único e indivisível; qualquer que seja a alteração de um órgão repercutirá necessariamente em todo o organismo.” (Andrew Taylor Still)

 

Em meados dos anos 80, o Dr. Jean-Pierre Barral um osteopata francês, aprimorou seus estudos, desenvolvendo a osteopatia visceral, após ter observado as relações entre vísceras e coluna. Nas suas pesquisas, descobriu que 80% das dores osteomusculares, geralmente tem causa visceral. Por exemplo, uma dor no Ombro pode estar relacionada com o mau funcionamento do fígado ou estomago.

A osteopatia sempre procura a causa do problema, em suas investigações, verificou que em muitos pacientes as dores, por exemplo, no joelho, na coluna ou na cabeça tinham relação visceral importante; “ou porque o órgão estava sem funcionar corretamente e não absorviam os minerais, e isso se refletia de forma sistêmica em dores, ou existiam fixações musculares, ligamentares, faciais ao redor dos órgãos.” Então, Dr. Barral percebeu que se o tecido conjuntivo estivesse restrito o órgão não teria a mobilidade e a motilidade que é normal e necessária para seu bom funcionamento.

Todos os órgãos, assim como todo o corpo, estão em constante movimento, em sincronia entre si e com todas as estruturas que os rodeiam. Quando essa sincronicidade estiver perturbada, estamos diante de uma disfunção osteopática visceral.

As disfunções que normalmente são encontradas no Sistema Visceral são:

  • Refluxo

  • Gastrite

  • Hernia de hiato

  • Constipação intestinal (intestino preso)

  • Ptoses viscerais

  • Distúrbios hepatobiliares

  • Alterações no ciclo menstrual

  • Distúrbios Renais

  • Entre outras 

Essas são as disfunções que chegam a repercutir sintomas no sistema visceral, podendo chegar no sistema muscular, porém existem as disfunções somente a nível de mobilidade, das vísceras, que pode estar afetando outros sintomas sem reproduzir dores no local propriamente dito, sendo de difícil percepção, avaliação e tratamento para outros métodos diferente da Osteopatia.

 

SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO

 

         “Ele é mais do que apenas uma estrutura que sustenta e mantem as vísceras do corpo. É o seu principal componente dinâmico.” (Irwin Koor)

 

Nosso sistema musculo esquelético é o único sistema de saída das disfunções que acometem os sistemas, portanto a grande maioria das dores estão repercutidas nele, independente de qual sistema está a disfunção.

É constituído de Músculos, Nervos, Ossos, Discos e Cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele também protege os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular, articular e ligamentar para permitir o movimento.

 

As disfunções que normalmente são encontradas no sistema Musculoesquelético são:

  • As artrites/ artroses

  • Tendinites

  • Hernias Discais

  • Dores Neurais (principalmente o Ciático)

  • Cervicalgias (dores no pescoço)

  • Lombalgia (dores na região baixa da coluna)

  • Enxaquecas e dores de cabeça em geral

  • Síndrome do túnel do carpo

  • Entorses de Joelho e Tornozelo

  • Esporão de Calcâneo

 

Todas essas afecções podem e devem ser tratadas com a Osteopatia, pois a partir do entendimento do corpo como unidade e de uma avaliação minuciosa, as técnicas tendem a devolver movimento das estruturas em disfunção, retirando a sobrecarga que estava sendo gerada no local da DOR, reestabelecendo o equilíbrio sistêmico e por consequência a diminuição dos sintomas. 

SISTEMA CRANIOFACIAL

 

         “Permita que a função vital fisiológica manifeste seu próprio potencial, em vez de aplicar uma força cega externa."
(William Garner Sutherland)

 

         Esse sistema é composto pelos ossos que formam a nossa calota craniana, os ossos da nossa face, incluindo nossa mandíbula e nossos dentes, por todos os músculos dessa região e todas as membranas internas que recobrem nosso encéfalo e caminham para o tubo neural, onde irão continuar recobrindo toda a medula e os nervos.

         A Osteopatia Craniana foi desenvolvida por Willian Garner Sutherland, um médico osteopata americano, aluno do Dr. Still em meados de 1900. Ele descobriu um sistema de regulação para o organismo que se manifestava através de um movimento lento e rítmico de todas as partes que formavam esse sistema, denominando-o de MRP (movimento respiratório primário).

         Toda e qualquer modificação desse ritmo causava sintomatologias variadas, dependendo do tecido acometido, normalmente estavam ligados a traumas na região da cabeça, doenças infecciosas ou até mesmo uma perda de mobilidade de algum dos ossos desse sistema devido a uma tensão muscular. A Osteopatia Craniana consiste em liberar as restrições desse sistema e de seus componentes, dissipando os efeitos negativos do estresse, devolvendo o ritmo e facilitando o processo de recuperação do próprio corpo (princípio da auto cura).

Normalmente é indicada para pacientes que apresentem qualquer tipo dessas sintomatologias:

  • Dores de Cabeça e Enxaqueca.

  •  Labirintite.

  •  Rinite e Sinusite.

  •  Nevralgias do Nervo Trigêmeo.

  •  Dores Crônicas Vertebrais.

  •  Problemas Relacionados ao Estresse.

  •  Disfunções em Recém-nascidos e Crianças.

  •  Lesões por Traumatismos Cranianos e Medulares.

  •  Fibromialgia.

  •  Disfunções da Articulação Temporomandibular (ATM).

  •  Disfunções do Sistema Nervoso Central.

  •  Regulação do SNA (Sistema Nervoso Autônomo).

  •  Estresse Pós-traumático. Dificuldades Emocionais.

  • Entre outras.

SISTEMA TÔNICO POSTURAL

 

        “Mesmo aparentemente imóvel, o homem ajusta sua postura permanentemente: ele oscila".

 

A Posturologia é a ciência do equilíbrio que estuda o Sistema Tônico Postural através de informações dos sistemas integradores dos receptores sensoriais como: os pés, os olhos, ouvido interno, a propriocepção e viscerocepção (Villeneuve). Ela também nos ensina a prestarmos atenção nos distúrbios de oclusão e cicatrizes patológicas (normalmente na região toracoabdominal em cirurgias) que modificam esse sistema.

Esses receptores quando desregulados, geram perturbações estáticas, ou seja, desequilíbrios posturais, provocando forças anormais contrárias, sobrecargas, em diferentes tecidos do nosso corpo, sendo muitas vezes a causa de inúmeras patologias como:

  • Deformações na coluna (cifose, escoliose, hiperlordose);

  • Hérnias discais;

  • Artroses;

  •  Nevralgias; 

  • Cervicobraquialgia;

  • Ciáticas;

  • Câimbras; 

  • Dores musculares;

  • Tendinites;

  • Cefaleias

 

Portanto, a abordagem no Sistema Tônico-Postural e vias de comunicação tem como objetivo avaliar os desequilíbrios posturais, analisar as diferentes entradas sensoriais e corrigi-las afim de reequilibrar um novo esquema corporal de uma forma a diminuir a sintomatologia do paciente.

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